Os Desafios do Tempo

por Flávio Andrade

Mais do que as viagens estelares, a viagem no tempo sempre foi o tema de ficção científica que mais atiçou a minha imaginação. O filme de 1960 de “A Máquina do Tempo”, com Rod Taylor, talvez seja uma de minhas lembranças mais antigas, junto com o épico “Túnel do Tempo”. Sim, eu gostava de fingir estar girando dentro daquele túnel e caindo em câmara lenta sobre o tapete. E nisso já entrego a idade…

Em um primeiro momento, parece que tal fascínio se deva à curiosidade, uma das principais características da humanidade, segundo Arthur C. Clarke. O que aconteceu com os dinossauros? Como seria essa rua há 200 anos? Como vivia determinada civilização em seu auge? Em que mundo viverá nossos netos? Que música estará sendo feito no século XXIII? Como nossa época será retratada pelos livros de História? Aliás, haverá livros?

Por outro lado, acredito que a nossa fantasia de viagem no tempo também esteja relacionada ao desejo de driblar a morte, outra obsessão bastante humana. O viajante do tempo parece ser capaz de viver muito em pouco tempo, como se o tempo congelasse ou passasse mais devagar no momento em que ele se desloca no tempo. Mas dificilmente conseguiríamos assimilar tanto sobre o passado em uma única vida, pelo menos não mais do que assimilamos viajando para outros países e conhecendo outras culturas.

Os fãs do gênero costumam se dividir em dois grupos: os que preferem viajar para o passado e os que querem ir para o futuro. Sempre que fantasio uma viagem no tempo (no primeiro parágrafo, entreguei a idade; neste, denuncio minha sanidade), penso no passado. Não sei se é caso de preferência ou o simples fato de que, sobre o passado, a gente tem mais ou menos uma ideia de como é. Quanto ao futuro, pode ser qualquer coisa. Por isso atrevo–me a dizer que histórias que remetem a uma viagem ao passado costumam ser mais atraentes do que as que seguem para o futuro. Bem, pelo menos foi assim na trilogia de “De volta para o futuro”. Assim, creio que me enquadro no “time do passado”.

Entretanto, se não estivermos falando de um livro, de um filme ou da simples fantasia, se houvesse de fato a oportunidade de viajar para o passado ou para o futuro, optaria sem pestanejar pelo futuro. Interessa–me menos saber exatamente o que aconteceu para termos chegado até aqui do que descobrir o que nos aguarda depois da curva. Isso é algo que nenhum livro de História ou achado arqueológico poderá me mostrar. Tampouco um escritor. Quer dizer, ele pode até acertar, mas nunca saberemos de fato. Só seus futuros leitores. Sabemos, no entanto, que em 1980 os ingleses não andavam em carros com asas, que em 1999 não havia base na Lua, que em 2001 não foi enviada uma nave tripulada a Júpiter, e que Marty McFly não chegou ao futuro em 20 de outubro de 2015.

Porém, uma história sobre viagem para o futuro equivale a qualquer outro filme futurista. Seja em “O Demolidor” com Sylvester Stallone, “O Dorminhoco” de Woody Allen, “O Planeta dos Macacos” ou no já citado “A Máquina do Tempo”, veremos uma peça 100% de ficção, que poderia ter saído de qualquer cabeça, inclusive a nossa. Temos de entrar em um universo que não nos pertence, no qual somos apenas convidados. Podemos gostar ou não do passeio, mas questioná–lo é totalmente estéril. Exatamente pela liberdade criativa que o futuro nos oferece, histórias nesse sentido oferecem poucos obstáculos e armadilhas a seus criadores. O autor tem pleno domínio de sua narrativa. A história (com duplo sentido, por favor) é toda dele: “meu futuro, minhas regras”.

Quando debatia sobre criação de cenários de RPG (e aqui vou entregando também o meu grau de nerdice), considerava que, entre personagens e ambientação, um dos elementos deveria ser familiar ao jogador. Se não na forma, ao menos em sua essência. Caso contrário, o jogador teria dificuldades de se identificar e se ligar afetivamente ao jogo. Nesse sentido, julgo que as viagens para o futuro rendem melhor com um protagonista do presente com o qual podemos nos identificar e “vivenciar” todos os choques culturais provocados pela viagem no tempo.

No Enderverse de Orson Scott Card, as viagens interplanetárias são feitas de forma que o tempo passa de forma diferente pra quem está de fora. Assim, foi possível contar uma saga com os mesmos personagens onde os eventos distam uma enormidade de tempo entre um evento e outro.

O principal desafio dessa empreitada seria traduzir esses pulos em termos de mudanças sociais e tecnológicas. Quanto à primeira, Orson se safa ao abordar culturas muito diversas. Já na segunda, particularmente não sentiria a menor diferença na história se, em vez de 3 mil anos, houvesse passado apenas 50 anos. Mas acredito que a principal questão é o desenvolvimento dos personagens.

Tudo bem que Ender e Valentine são personagens bem roubados (usando um termo do RPG), mas me custa a crer que pessoas reais, mesmo superdotadas, obtivessem tanto sucesso em acompanhar as mudanças e todo o conhecimento produzido nesse período a fim de se manterem relevantes e integrados à sociedade. Entretanto, como os dois irmãos já são de uma realidade e cultura distintas da nossa, a ausência desse processo de adaptação temporal não se faz sentir tanto. Isso, em tese, afetaria minha teoria acima exposta sobre a familiaridade. Mas, por ter o leitor tido todo um romance para se familiarizar com esses personagens antes de embarcar em saltos temporais, a identificação já se encontra estabelecida quando eles avançam no tempo.

Alguns exemplos supracitados de viagem para o futuro incluem apenas a passagem de ida, que é a forma mais segura, em termos narrativos, de trabalhar com viagem no tempo, e também a possibilidade cientificamente mais aceita. Não seriam viagens no tempo propriamente ditas, mas saltos, de efeitos práticos e narrativos semelhantes.

No caso de uma passagem de ida e volta, é possível brincar com a seguinte questão: conhecer o futuro nos permite alterá–lo ou o fato de conhecê–lo é que nos leva a torná–lo aquele futuro real? A questão pode ser posta sem maiores riscos pelo autor, pois será sempre uma questão em aberto. A resposta ficará por conta da imaginação do leitor/espectador.

Jorge Luís Borges enfrenta essa influência de mão dupla entre presente e futuro (ou presente e passado, dependendo da perspectiva) no conto “O Outro”, no qual um Borges de 70 anos se senta em um banco às margens de um rio na Inglaterra só porque, na juventude, sentado em um banco às margens de um rio na Suíça, havia presenciado tal encontro consigo mesmo. Então repetiu a cena para ter certeza que encontraria e falaria consigo mesmo aos 20 anos, só para se certificar de que não tinha sido mesmo um sonho. Mas Borges, como só ele poderia fazer, saca uma interpretação original: o encontro verdadeiro teria ocorrido aos 70, enquanto aos 20 ele apenas o sonhara.

Já as viagens ao passado constituem um verdadeiro campo minado narrativo. A capacidade de mudança que tal viagem proporciona a torna um grande desafio aos roteiristas e escritores.

Em primeiro lugar, a ficção encontra limites na História. Afinal, todos sabem um pouco sobre o passado, acontecimentos históricos, antigas culturas etc. Essa ambientação deixa de pertencer exclusivamente à mente do diretor/escritor/roteirista. Claro que o autor poderá descartar a questão da fidelidade histórica, desde que o faça manifestamente, como ocorre em muitos romances e filmes pseudo–históricos, como Tarantino em “Bastardos Inglórios”. Ainda assim, deverá manter algum pé na realidade.

Viajar ao passado estimula conceitos e expectativas preexistentes e independentes da história que está sendo contada. É mais fácil, nessas narrativas, prescindir do protagonista como guia de viagem. Mesmo que seja ele o centro da narrativa, o leitor/escrito poderá querer dar uma pequena volta no quarteirão por conta própria. Nesse sentido, o passado acaba atiçando mais a nossa imaginação (e o senso crítico) do que o futuro.

Resolvida a questão da ambientação histórica, o autor deverá enfrentar os desdobramentos dessa viagem. Mesmo sem ser preciso nos meandros científicos (ou simplesmente ignorá–los), mesmo fazendo vista grossa a certas consequências de intervir no passado, ainda assim não é fácil apresentar uma proposta coerente e imune a falhas de narrativa.

Qualquer volta ao passado, com posterior retorno ao presente (não necessariamente o nosso presente, mas o presente do personagem), acarretará em duas questões: o presente não poderia ser o mesmo uma vez que o passado foi alterado (mesmo considerando que o personagem se mantenha o mesmo por ser o agente da mudança); e a velha máxima do ovo e da galinha. Se a história seguiu o rumo que seguiu porque determinada pessoa voltou ao passado (argumento bastante utilizado), em alguma linha do tempo a história deve ter prosseguido de forma diferente até o momento dessa volta, o que gera um conflito lógico. Há diversas tentativas de solucionar essas questões, mas dificilmente não é deixada alguma ponta solta.

Na série “Jornada nas Estrelas”, a Enterprise volta no tempo por acaso, e todo o episódio tem como tema os perigos de se mudar a História. A tripulação faz de tudo para evitar o estrago. O mesmo problema está presente no mais celebrado episódio da série, “The City on the Edge of Forever”, no qual eles atravessam um portal alienígena e vão parar nos EUA dos anos 30. O mesmo cuidado já não está tão presente quando eles recriam o acidente com a Enterprise e descem ao planeta para pesquisar, como fazem em tantos outros mundos. A própria iniciativa já entra em conflito com o primeiro episódio.

A cada retorno ao passado na franquia, os cuidados em não alterar o curso da História vão sendo deixados de lado em prol da aventura. É o que acontece no filme da baleia e em Primeiro Contato, chegando ao ápice da bagunça na Guerra Fria Temporal da série “Enterprise”. A ordem é abstrair. E então chega a nova série de filmes e dá um reboot geral usando a viagem no tempo.

De reboot em reboot vivia a série “Fringe”, que a cada temporada o espectador parecia acompanhar a mesma história sendo contada de forma diferente. Embora a trama central fosse a existência de duas dimensões paralelas e a relação entre elas, nas duas últimas temporadas o foco principal passa a ser a viagem no tempo e seus viajantes carecas vestidos de men in black. Como as viagens temporais partiram do futuro, o elemento provocador da mudança que soluciona tudo precisa partir do presente para mudar o futuro.

Em “De volta para o futuro”, adere–se à narrativa, muito comum, de que basta repetir determinados eventos principais para que tudo entre nos eixos, como se fosse realmente possível administrar mudanças pontuais alterando eventos selecionados do passado. Ignora–se, por exemplo, que alterar a personalidade do pai de McFly certamente alteraria toda a vida sexual de seus pais, e, com isso, o espermatozoide e o óvulo que geraram Marty jamais teriam o seu encontro, assim como os que geraram seus irmãos.

No primeiro filme, por meio de uma foto, é abordado o conceito de onda temporal, no qual uma mudança no passado vai formatando progressivamente toda a linha temporal, que é o centro do romance “O Fim da Eternidade”. Neste livro de Assimov, o impacto das mudanças no passado não é menosprezado, e a humanidade passa a agir contando com essas alterações até que alguém no futuro resolva dar um basta. Como conseguiram dar esse basta lá no futuro fica com um gostinho de “foi assim porque foi”. Mas, mesmo assim, é um dos textos mais honestos que li sobre viagem no tempo. Inversamente a “Fringe”, resolve–se toda a confusão retornando ao passado e impedindo que a viagem no tempo seja desenvolvida.

Procura–se driblar a questão com a tese de que qualquer tentativa de alterar a História fracassará, pois esta não pode nunca ser mudada. O exemplo mais divertido dessa narrativa é o curta metragem “Barbosa”, no qual o personagem de Antônio Fagundes volta à final da Copa de 50 no Maracanã para tentar alertar o goleiro brasileiro do segundo gol uruguaio. No fim das contas, é a intervenção dele, ao distrair Barbosa, que faz com que a bola de Ghiggia entre no cantinho. Contudo, considero esta saída semelhante à crença de muitos juristas em um Direito Natural, de óbvia inspiração religiosa, beirando o misticismo. Uma força que nos escapa à compreensão que faz com que as coisas aconteçam de determinada forma. Isso não é ciência, é… a força do roteiro! Essa é muito mais poderosa do que a Força dos Jedi, pode confiar.

A série “Contratempos” (Quantum Leap) apresenta uma versão bem interessante de viagem no tempo: a troca de consciência. Isso facilita muito na interação com a época, mas não resolve a questão da mudança na História. No episódio final, a série abandona a ficção científica e abraça o misticismo. Deus vira um barman! Uma saída um tanto fácil. Uma vez que você apela para o divino, todas as questões sobre viagem no tempo desaparecem. Afinal, é do jeito que é porque Deus (ou qualquer coisa parecida) quis assim.

A série cinematográfica “Efeito Borboleta” segue a linha de viagem no tempo que não envolve ciência, adentrando mais na linha da paranormalidade e poderes especiais. A moral da história, sem um He–Man no final para explicar, é que “o homem não deve brincar de Deus” (bastante comum em ficção científica). O agente da mudança é punido, pois toda a alteração é para pior, como no primeiro episódio da terceira temporada de Flash.

Ao explorar o gênero com uma abordagem mais próxima à fantasia (seja por meio do misticismo, poderes ou pura fantasia), de certa forma concede–se ao autor uma boa dose de licença poética. Borges apropria–se bem disso em alguns contos, onde a quebra das barreiras do tempo se dá por meio da vontade humana.

Em “A Outra Morte”, um homem torturado por um erro do passado, às portas da morte, logra voltar e corrigir um grande arrependimento na vida que o cobre de vergonha. Em vez de protagonizar um ato de covardia, luta e morre como um herói. Assim, as pessoas vão, primeiramente, se esquecendo dele paulatinamente. Posteriormente, começam a relembrá–lo da outra forma, como o herói morto em batalha. Neste conto Borges usa a projeção da consciência ao próprio corpo no passado como em “Efeito Borboleta” e o efeito onda, com um breve momento de arrumação (o esquecimento) entre uma linha temporal e a outra.

A própria eternidade pode ser uma saída para driblar os problemas temporais e satisfazer a imaginação do público. A série “Highlander” (mais do que o filme) é a melhor tradução da imortalidade como viagem temporal. Personagens que vivem por centenas de ano, congelados em uma mesma idade, vivendo cada época intensamente, desde que não percam a cabeça. É uma forma analógica de viagem no tempo, sem as armadilhas de coerência e lógica de uma viagem no tempo de fato. O protagonista encontra–se no presente e o passado é revisitado por flashbacks. O espectador é brindado com riqueza narrativa sem precisar se preocupar em abstrair de possíveis efeitos colaterais. Os personagens tem todo o tempo do mundo para se adaptaram aos novos tempos, sempre carregando consigo toda a experiência de vida.

Em seu ensaio “A História da Eternidade”, Borges descreve, de forma muito particular, a eternidade quando um determinado local mais do que parece ser o mesmo de tempos atrás. Ele não é idêntico ou semelhante ao passado, mas rigorosamente o mesmo. É a linha utilizada no filme “Em algum lugar do passado”, onde o personagem de Christopher Reeves remove do ambiente qualquer evidência do presente para se transportar ao passado. Mas esse transporte não precisa ocorrer necessariamente.

Em “Funes, o memorioso”, o personagem central se recorda absolutamente de tudo, inclusive de seu próprio pensamento. Tudo o que viu, ouviu, disse e pensou. De forma tão precisa e nítida que é como se o tempo, para trás, não existisse, e todos os tempos continuassem no presente. Isso não deixa de remeter ao enigmático Aleph, um determinado ponto escondido em um porão de Buenos Aires que, se vislumbrado do ângulo correto, permite ver todas as eras ao mesmo tempo. Como se, por um breve instante, fosse possível ver o mundo com os olhos do Doutor Manhattan. É a eternidade em seu momento mais puro.

Outra forma de contornar os desafios lógicos das viagens ao passado é considerar que cada mudança no passado gera uma nova linha do tempo, o que nos levaria uma espécie de crise nas infinitas terras. O principal problema dessa abordagem é o enfraquecimento ou mesmo a anulação de um recurso essencial para a atratividade das histórias de viagem no tempo: o elemento de ligação.

Nas viagens para o futuro, como já abordado, o importante é termos um personagem condutor com o qual nos identificar. Um personagem que nos guie por mundo desconhecido e que tenha as mesmas dificuldades que o leitor/espectador de compreendê–lo. Um personagem com quem possamos compartilhar o deslumbramento, o choque, a curiosidade e até mesmo as piadas.

Ainda mais importante do que esse elemento de identificação é o elemento de ligação, aquele que conecta os diferentes tempos. De que vale uma viagem no tempo de soma zero, na qual não resta testemunha ou consequência palpável? Por isso é tão utilizado o conceito de que o agente provocador da mudança na linha do tempo permaneça imune a ela, para que ele possa testemunhar o antes e o depois e dar sentido dramático à viagem em si. Claro que o leitor/espectador é capaz dessa apreciação intelectualmente, mas é o elemento de ligação que fornece o substrato afetivo.

Assim, se os protagonistas são tomados pela onda da mudança temporal, perde–se essa ligação afetiva com a narrativa. Em “O Fim da Eternidade”, este elemento é garantido com a existência de um centro de operações que permanece imune às alterações temporais. Em “Fringe”, Walter Bishop deixa uma pista para o filho que sugere ao espectador que, a partir dela, Peter possa deduzir todo o ocorrido. Em “A Outra Morte”, o personagem de Borges é o único ainda a se lembrar de Pedro Damián como o covarde que fraquejou diante das balas. Enfim, os exemplos são inúmeros.

Contudo, ao criar uma nova linha de tempo para cada alteração, esse elemento de ligação é enfraquecido, pois ele jamais retornará ao ponto de origem. Este continuará existindo como era em paralelo com a linha alterada. Isso frustra o leitor/espectador que quer ver Marty McFly retornar a seu presente e ver o pai bem sucedido e o carrão na garagem. É como naquelas histórias em que, no final, descobre–se que era tudo um sonho.

Talvez, por isso, “Jornada nas Estrelas” tenha deixado cada vez mais de lado o rigor científico em suas viagens no tempo. Melhor ser um pouco incoerente e abstrair certos detalhes do que perder público. A saída é apresentar uma ambientação e tentar, ao menos, manter–se coerente a suas próprias regras. Justiça seja feita, falta de coerência em roteiro (mais do que em livros), é um mal que acomete em larga escala todos os tipos de narrativa.

Apesar das dificuldades oferecidas pelo gênero, creio que nunca deixaremos de ver histórias de viagem no tempo. Afinal, assim como os fãs se dividem entre passado e futuro, eles também se dividem entre aqueles que não estão nem aí pras incoerências narrativas e aqueles que ficam ressaltando as falhas, mas que não deixam de gostar mesmo assim. Não preciso dizer em qual grupo me incluo. “Tony!… Doug!…”Flávio Andrade, em algum momento do passado, foi editor e autor de RPGs. Entre eles, um chamado “Era do Caos”, que se passava em um futuro que já ficou no passado, e sobre o qual até que não se errou tanto assim.


Flávio Andrade, em algum momento do passado, foi editor e autor de RPGs. Entre eles, um chamado “Era do Caos”, que se passava em um futuro que já ficou no passado, e sobre o qual até que não se errou tanto assim.